segunda-feira, 20 de julho de 2009

Crepúsculo

Tarde... Tão linda é a tarde!
E tão lindo é o céu...
Esse sol que arde, com essa cor de mel.
Essa noite que desponta em rimas...
Mas essa tarde ainda lhe põe decotes de cores quentes
Em teu vestido de breu...
Vamos nos encontrar amor, pois já é tarde,
Ainda é dia.

Mas depois da tarde, do que foi tarde, resta a rotunda...
Depois do espetáculo, um mergulho nas cortinas que levam ao camarim.
Esmaecer num lenço as cores da face, para tornar a ser...
Somente na noite é que é possível ver estrelas, porque o sol não é uma estrela.
O Sol é mais que uma estrela. È a estrela.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Culpa, ressentimento e a inversão dos valores em Nietzsche, por Amauri Ferreira


Qual é a origem do pecado, da culpa, e do ressentimento? São sentimentos que se tornaram tão comuns que podem nos levar a acreditar que eles são inerentes ao homem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), em sua genealogia, nos diz que esses sentimentos são inseparáveis da moral judaico-cristã. É por essa moral que o homem experimenta continuamente uma repressão de seus impulsos ativos. Mas como esses impulsos não somem, é inevitável que haja um conflito entre uma moral que reprime e a nossa vontade de potência que quer expandir-se. Assim, segundo o filósofo, o homem torna-se reativo quando vive limitado apenas à conservação da sua existência, o que faz multiplicar o seu sofrimento e a necessidade de viver cada vez mais submetido às promessas de recompensa oferecidas pelo poder sacerdotal. Dessa forma, o homem passa a ignorar um aspecto primordial da existência que é a criação, ou seja, é somente por meio da efetuação da sua natureza que o homem torna-se capaz de criar novos valores, de afastar para longe de si a culpa e o ressentimento. Nesse sentido, Nietzsche nos diz que a felicidade corresponde ao crescimento da nossa potência, a uma constante diferenciação de si mesmo, o que torna desnecessária toda crença em um ideal ascético, isto é, em um modelo de perfeição que esmaga as diferenças. [cont.]

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