Não há sociedade constituida com Estado ou Lei que não demande formação de espelho de validação ou reconhecimento de existência de seus sujeitos. Toda vida separada do que pode, isto é, apartada de sua capacidade de acontecer no imediato do movimento e do tempo próprios que a atravessam, carece e investe um plano de reconhecimento. Na impotência para gerar valor e produzir eternidade na existência, pela afirmação imediata da própria diferença, criando linhas de singularização e estilização de si, investe-se uma instância de representação ou julgamento que atribui ou destitui valor a partir da esfera simulada de um lugar a se chegar: as sociedades atuais continuam a fabricar a necessidade de se chegar a um lugar do sucesso a partir de um fracasso intransponível como uma falta de objeto como suposta essência do desejo. E não há espetáculo bem sucedido que não torne o vencedor em vencido pela própria vitória.
domingo, 22 de junho de 2008
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